O Corinthians começou melhor, correu mais e parecia estar jogando em casa. Mas "pregou" no final e passou a segurar o 0 a 0 contra o Cruz Azul, no Estádio Azul, nesta quarta-feira, pela terceira rodada da Taça Libertadores. O resultado poderia ser melhor, mas não deixou de ser bom para os corintianos, que seguem invictos na competição e podem ultrapassar os mexicanos na liderança do Grupo 6 na próxima quarta-feira, em duelo no Pacaembu - o Cruz Azul tem sete pontos, dois a mais que o Timão.
O Corinthians chegou a pressionar o adversário, principalmente no primeiro tempo, mas não teve êxitos quando chegou ao ataque. O último passe não chegou redondo para os atacantes. Já o Cruz Azul se mostrou acuado durante grande parte da partida, mas se aproveitou do cansaço corintiano no fim da segunda etapa para ir em busca de seu gol. O chuveirinho foi a aposta dos donos da casa e quase deu certo - aos 44, Chicão salvou uma bola em cima da linha, cabeceada por Omar Bravo.
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Corinthians e Cruz Azul voltam a se enfrentar na próxima quarta-feira, no Pacaembu - os ingressos já estão à venda pela internet. No Paulistão, o Timão joga domingo, contra o Comercial, em Ribeirão Preto. Com a equipe na liderança, Tite pode poupar alguns titulares.
Timão começa bem
O Corinthians começou a partida com tudo. Mesmo sem acertar o gol, o time deu trabalho para o Cruz Azul, principalmente nas saídas de bola do time mexicano. Com um ataque leve e veloz formado por Liedson e Jorge Henrique, o Timão apertou e dificultou os zagueiros adversários. Mesmo com o controle parcial da primeira etapa, os brasileiros não conseguiam assustar o goleiro Corona.
As jogadas mais perigosas começavam nos pés dos volantes. O Corinthians, como vem fazendo durante toda esta temporada, usou muito a chegada da dupla Paulinho e Ralf para criar as jogadas. Enquanto isso, Danilo e Alex revezaram na frente. Ora um caía mais pela esquerda, ora outro, juntado-se a Liedson e Jorge Henrique.
O Cruz Azul, com a saída de bola complicada, tentou se aproveitar dos contra-ataques. Mas sem proporcionar grande perigo. Julio Cesar não trabalhou até os 20 minutos. Depois disso, o time da casa começou a igualar a partida. Trocando bons passes e com consciência, os atacantes passaram a assustar a defesa alvinegra.
A marcação do Corinthians parecia mais frouxa, e o Cruz Azul, mais perigoso. Os jogadores de frente do Timão não conseguiram manter a pegada e o time da casa “aprendeu”, com toques rápidos, a fazer a transição com os atacantes. Mas mesmo com maior posse de bola, o Cruz Azul não conseguiu assustar.
Tanto que a melhor chance da primeira etapa foi mesmo do Corinthians, aos 43 minutos. Após cruzamento de Jorge Henrique, Domínguez tentou o corte, mas mandou para trás. Com muita dificuldade, o goleiro Corona se esticou todo para impedir o gol contra.
Mexicanos crescem no fim
A postura das duas equipes continuou a mesma, com o Corinthians pressionando a saída de bola, e o Cruz Azul um pouco de dificuldade.
No setor ofensivo o Timão também dava trabalho. Quando chegava à frente, o Alvinegro aparecia na maioria das vezes com sete jogadores. Além da dupla de atacantes e dos dois meias, os volantes se mandaram bastante com apoio de um dos laterais.
E o Alvinegro chegou com perigo aos 10 minutos. Danilo cruzou para Liedson, que errou a conclusão. O camisa 9 ainda se recuperou e, de bicicleta, mandou para trás. Paulinho tentou, mas mandou por cima. Logo depois mais uma bola de perigo, desta vez de Leandro Castán de fora da área.
Ainda na primeira metade do segundo tempo, a mesma coisa que aconteceu antes. Os corintianos afrouxaram na frente e o Cruz Azul voltou a crescer. Sem qualidade na frente, porém, o time da casa assustou pouquíssimo Julio Cesar. Quando era atacado, o Timão fechava com a primeira linha de quatro jogadores – Edenílson, Leandro Castán, Chicão e Fábio Santos – e com mais três ajudando – Ralf, Paulinho e Danilo ou Alex.
Mas de tanto insistir, o Cruz Azul quase abriu o placar após cobrança de escanteio. Maranhão mandou para a área e Flores quase marcou. O Timão passou a demonstrar cansaço no meio da etapa complementar, e ficou mais longe do ataque. Em contrapartida, o Cruz Azul passou a apostar todas as suas fichas em "chuveirinhos" para a área corintiana. Quase deu certo - Chicão salvou um gol certo em cima da linha, cabeceada pelo veterano Omar Bravo.
E nesse contexto de pressão, o Timão passou a tentar segurar o 0 a 0 - Paulinho, num contra-ataque, quase "achou" o gol da vitória aos 46. O empate, porém, acabou sendo bom, já que a equipe pode assumir a liderança do Grupo 6 se vencer o mesmo Cruz Azul na próxima quarta-feira, no Pacaembu.
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