A responsabilidade era toda do Palmeiras na noite desta quarta-feira. Favorito, viajou a Alagoas com uma obrigação: golear o Coruripe-AL, no Estádio Rei Pelé, e avançar sem sustos à segunda fase da Copa do Brasil. Mas, o que parecia se desenhar uma vitória tranquila com o gol de Hernán Barcos logo nos primeiros minutos, terminou em vitória somente por 1 a 0 e festa para o time alagoano – que conseguiu a “façanha” de levar a decisão para o jogo de volta, em Jundiaí.
Errando mais passes que o comum e em “marcha lenta”, o Verdão não jogou bem e ficou devendo em Alagoas. Apesar da grande festa da torcida e de jogar praticamente em casa com maioria nas arquibancadas, o Palmeiras não se encontrou e, mesmo abrindo o placar aos dois minutos, foi surpreendido pela vontade e valentia do adversário desconhecido. A se comemorar, somente o 18º jogo de invencibilidade.
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Na base da raça, o Coruripe só não empatou porque faltou qualidade nas finalizações e o cansaço bateu no fim da partida. A derrota por 1 a 0 foi muito comemorada pela superação da equipe, que ainda garantiu a renda total do jogo levando a decisão para o jogo de volta.
O Verdão volta a campo no próximo sábado, pelo Paulistão: às 18h30m, recebe a Ponte Preta, no Pacaembu. Pela Copa do Brasil, a partida de volta será realizada em Jundiaí, no Estádio Jayme Cintra, às 19h30m da próxima quarta-feira. O Coruripe ainda enfrenta o ASA-AL, neste domingo, no Estádio Municipal de Arapiraca, pelo Campeonato Alagoano.
Vantagem e “pé no freio” palmeirense
O Verdão foi recepcionado no Estádio Rei Pelé sob grande festa: fogos de artifício, muitos aplausos e até mesmo Hino Nacional tocado pela banda da Polícia Militar de Alagoas. Com imensa maioria de torcida a favor nas arquibancadas, Barcos foi, de longe, o jogador mais aplaudido. E a empolgação das arquibancadas contagiou o time – aos dois minutos, o Coruripe cedeu contra-ataque e Henrique deixou para Daniel Carvalho. O meia encontrou Barcos de cara com o goleiro e o “Pirata” não perdoou para abrir o placar, com facilidade.
Mesmo sabendo da qualidade de Marcos Assunção na bola parada, o Coruripe parava a pressão e os ataques do Verdão com faltas. No entanto, escanteios e cobranças só assustavam e o Palmeiras relaxou. Assim, o time alagoano passou a acreditar em milagre – principalmente com os laterais Rogerinho e Rogério Rios. Sem se abater, partiu para em cima em busca do empate, mas, tecnicamente inferior, tinha dificuldade no último passe e não levava perigo ao gol de Deola.
Displicente em alguns lances e com “o pé no freio”, o Verdão errou muitos passes e a empolgação inicial acabou. A torcida também desanimou e o Palmeiras perdeu chance de matar o jogo logo na primeira etapa – a goleada que parecia fácil, não veio. Além do gol, o único lance de perigo foi em um escanteio bem batido por Assunção, aos 17 minutos. Os pedidos de Felipão para que o Palmeiras apertasse não surtiram efeito e o time desceu ao vestiário ainda com a necessidade do jogo de volta.
Faltou vontade e decisão fica para São Paulo
O segundo tempo começou feio. O Coruripe seguia mostrando disposição, mas passou a deixar espaços na defesa e o Verdão se lançou para tentar matar o jogo. Sem sucesso. Apesar de o Palmeiras chegar com mais freqüência ao gol de Juninho, quem quase empatou foi o time da casa. Após cobrança de escanteio, aos nove minutos, Jacó cabeceou com perigo e Henrique salvou em cima da linha, com Deola vendido no lance.
A torcida palmeirense até ensaiou uma pressão, tentou empurrar o time, mas a zaga do Coruripe dava a vida para levar a decisão para Jundiaí. Apagado, Maikon Leite não levava vantagem na velocidade e Barcos, apagado, não conseguia chances nem quando voltava para buscar a bola no meio-campo. O Pirata esperava um bom lançamento para marcar e o time da casa aproveitava.
Felipão mostrava cada vez mais irritação e resolveu mexer no time para dar mais fôlego na armação da equipe. Sumido e exagerando nos passes de efeito, Daniel Carvalho saiu para a entrada do canhoto Pedro Carmona. Que pouco viu a cor da bola. A pequena, porém animada torcida do Coruripe fazia a festa com a derrota – a ser comemorada. Rogerinho, livre, em chute de longa distância, levou perigo aos 31 minutos.
O Palmeiras queria jogo, tentava matar a partida de qualquer maneira, mas não havia jeito. Na última grande oportunidade, aos 42 minutos, Henrique apareceu como elemento surpresa na área e bateu cruzado. A bola explodiu na trave e saiu pela linha de fundo. O “fantasma” de Alagoas, onde o time deu vexame em 2002 contra o ASA-AL, ainda assombra o Palmeiras. Para alegria do Coruripe, que nunca comemorou tanto uma derrota...
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